sexta-feira, outubro 20, 2006

ALCKMIN E OS TERMOS INDETERMINADOS

Escutei hoje a entrevista do Alckmin na CBN. Ele não conseguiu dar explicações para a principal contradição do seu discurso: promete mil coisas que custam muito (estradas, hospitais, defesa de fronteiras...), mas diz que vai fazer profundos cortes de despesas. Como a margem de cortes hoje, em custeio, é mínima, ele não diz onde cortará. Só é possível fazer o que ele promete se privatizar, demitir pessoal e repassar para a iniciativa privada a concessão de estradas. Mas ele nega tudo. O máximo da entrevista foi quando perguntaram sobre previdência e ele disse que Lula faz mal aos aposentados, quando veta o aumento de 16 por cento. Assustado, Sardenberg, que é defensor de cortes, perguntou se ele daria o aumento. Ele enrolou. Perguntado de novo, pelo atônito reporter, ele disse que dará, nem que seja parcelado, o maior aumento que puder. Ou seja: não disse nada. Pois, caso ele ache que não é possível dar aumento nenhum, zero por cento já será o maior aumento possível.
Cada dia ele passa mais a imagem de irresponsável, pois fala sem ligar para as conseqüências. E cada dia estou mais convicto de que "É Lula de novo!".

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